quinta-feira, 28 de abril de 2011

Porque ser solidário faz bem!

Ou “Um conto das paulistas mais simpáticas do mundo.”
Ou “Porque o Brasil é um povo acolhedor”

Quatorze horas no trânsito deixariam as pessoas aborrecidas, chateadas, entediadas e muito mal humoradas, correto? Sim, mas não para as paulistas Olívia e Susana.

Em plena madrugada, nós duas embaladas ao som de Bonde do Tigrão, tentávamos animar as pessoas que nos acompanhavam no congestionamento mais caótico do Brasil. Muitas vezes sem sucesso, mas sem desanimar.

Também tentamos animar os operadores dos pedágios com saudações do tipo “boa nooooooite”, “muito obrigaaaaada” e “bom feriaaaaaado”. Mas, dos quase 20 operadores que encontramos no caminho, nem metade sorriu. Enfim...

Na volta da viagem, além de repetir todos os cumprimentos, que agora incluía “Feliz Páááááscoa”, fizemos amizade com uma turma muito simpática de motoqueiros e fizemos a festa com o pessoal do busão da dupla Matogrosso e Matias (não me lembro de uma música deles, rs)

Até aí, qualquer pessoa normal poderia fazer isso se estivesse com bom humor, mas Susana e eu nascemos para surpreender.

Feriado e Florianópolis só poderia dar numa coisa: Trânsito. Ok, quem tá na chuva é pra se molhar. E que venha a enxurrada.

Estávamos num carro com 4 pessoas e um violão, parados num trânsito de uma praia a outra. De repente, avistamos um garoto sentado no ponto de ônibus. Certamente ele chegaria atrasado ao seu destino. Foi só olhar para Susana que ela entendeu o que tínhamos que fazer e:

- Hei, guri, que trânsito, né? Vai demorar uma cara pro ônibus passar. Tá indo pra onde?
- Barra da Lagoa.
- Chega aí, é o nosso destino também.

O rapaz entrou e assim fomos. Cinco pessoas e um violão até a Barra da Lagoa.
Que corajoso da parte dele.

E é isso aí, seja desejando bom-dia ou dando carona, ser solidário faz bem.

Ahá!

.Olívia.

P.S.: não posso me esquecer do trio de mineiros que conhecemos no ponto de ônibus do caminho oposto. Se eles estivessem indo na mesma direção que nós, certamente daríamos carona a eles também, rs. Viva nóis, novinhas, haha!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Vivo por ella

Apesar de amar muito minha mãe, não é dela que vou falar hoje. É sobre o que move indiretamente minha vida: a música.

Tudo começa com meu pai. Ele pode ter todos os defeitos do mundo, mas se tem uma coisa que agradeço sempre é por ter me dado uma voz “afinada”, um ouvido “bom” e o dom de “entender” minimamente alguns instrumentos.

Canto desde pequena, mas não sei dizer quando comecei a entender de tom e afinação. Comecei a tocar violão aos 12 anos. Aos 14 anos comecei a estudar violino, mas parei quase imediatamente por não gostar de ler partitura. Já improvisei teclado e guitarra durante um tempo na igreja. Sei tocar Asa Branca na gaita. Batuquei muita meia-lua em ensaios de grupos de música. E claro, onde tem videokê ou meu primo tocando, faço o impossível para estar junto.

Não sou nenhuma especialista em música e estou muito longe de ser. Na verdade sou uma picareta que não consegue mais afinar o violão direito só com o ouvido.

Música é arte. E cá entre nós, não conheço alguém nesse mundo que não goste dela. A diferença é que algumas pessoas simplesmente ouvem a música, e outras sentem. E pode ser o gênero que quiser: sertanejo, erudito, pagode, axé, forró, funk, tango, bossa nova, emo, samba, pop ou rock. Sou do tipo de pessoa que vai pra balada e fica olhando a banda. Curto os acordes, vibro com as viradas da bateria, piro com o baixo (baixo é fantástico) e tento fazer segunda voz pro vocalista, rs.

Essa último feriado chegou muito perto da perfeição. Explico: quatro dias com pessoas maravilhosas, num lugar lindo, e apesar de ficarmos 27 horas dentro de um carro, foram dias de “Please, don´t stop the music”.

Dentre as pessoas, algumas delas tocavam violão. Cada hora era um que estava fazendo seus acordes preferidos, ou simplesmente brincando. Mas um deles ganhou destaque. Não havia um momento que o guri não estivesse ou no violão, ou fazendo Beat Box, ou em seu violino. E em qualquer lugar, podia ser na praia, no supermercado, no carro, na rua, na chuva e na fazenda, rs. E ainda me deixava cantar. Perfeito! =)

Às vezes, me arrependo um pouco de não ter estudado a fundo e já pensei em mudar de ramo, mas fico feliz com o que curto da música. Fico me sentindo “toda toda” quando recebo elogios por cantar. Isso alegra meu coração e me faz querer cantar ainda melhor.

Daqui a alguns dias, fará 2 anos que fiz uma tatuagem para selar esse meu amor por essa arte.

Não vivo dela, mas deixo um trecho da canção de Andrea Bocelli:

“Vivo por ella porque va
Dándome siempre la salida
Porque la musica es así
Fiel y sincera de por vida.”

Ahá!

.Olívia.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Toca Raul

Uma pessoa sem inspiração em um blog acaba postando letras de músicas de vez em quando.
Hoje eu coloco uma que me inspira.
E é daquele cara lá que todo mundo pede pra tocar: RAULZITO.

Coisas do Coração

Quando o navio finalmente alcançar a terra
E o mastro da nossa bandeira se enterrar no chão
Eu vou poder pegar em sua mão
Falar de coisas que eu não disse ainda não

Coisas do coração!
Coisas do coração!

Quando a gente se tornar rima perfeita
E assim virarmos de repente uma palavra só
Igual a um nó que nunca se desfaz
Famintos um do outro como canibais
Paixão e nada mais!
Paixão e nada mais!

Somos a resposta exata do que a gente perguntou
Entregues num abraço que sufoca o próprio amor
Cada um de nós é o resultado da união
De duas mãos coladas numa mesma oração!

Coisas do coração!
Coisas do coração!

Até semana que vem...

Ahá!

.Olívia.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Meu filho, meu orgulho

Sentada no banco do ônibus, morrendo de sono e se preparando para mais um dia de trabalho, ouço uma mãe toda orgulhosa da filha. Ela conversava com a cobradora sobre as proezas que a primogênita fazia para estudar e trabalhar:

- Minha filha fica até tarde fazendo trabalho. Está no primeiro emprego, que ela conseguiu rapidinho... ela é tão esforçada, comprou todos os livros da faculdade. Livros caros, mas que ela diz que são importantes. No final de semana ela faz as coisas dela, mas de dia de semana, ela até vira a noite para dar conta de tudo. Só tem 18 anos, mas é tão esforçada!

A cobradora olha admirada a tal mulher. E eu também. Acho lindo quando uma mãe observa esses detalhes em seus filhos e compartilha com os outros.

Muitas vezes acreditamos que nossos pais não enxergam nossas qualidades, só nossos defeitos, e por isso brigam tanto com a gente. Mas não sabemos o que eles falam por aí.

Espero que muitas coisas boas, né mãe?!

Ahá!

.Olívia.